OLHARES SOBRE IDENTIDADE E FESTAS EM SERGIPE

As identidades são construídas no interior das diferenças, decorrentes de múltiplos movimentos em práticas, ritos, expressões. Dentre as materializações das identidades focamos as festas como manifestações que rompem com o cotidiano simbolizando-o afetivamente, como referência identitária de indivíd...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Mundim Vargas, Maria Augusta, da Costa Neves, Paulo Sergio
Format: Online
Language:spa
Published: Universidad Nacional, Costa Rica 2012
Online Access:https://www.revistas.una.ac.cr/index.php/geografica/article/view/2704
Description
Summary:As identidades são construídas no interior das diferenças, decorrentes de múltiplos movimentos em práticas, ritos, expressões. Dentre as materializações das identidades focamos as festas como manifestações que rompem com o cotidiano simbolizando-o afetivamente, como referência identitária de indivíduos e comunidades. As festas em Sergipe são expressivamente numerosas. Menor estado do Brasil, com apenas 75 municípios, levantou-se, numa rápida estimativa, mais de 3300 festas sendo aproximadamente, 300 de massa e o restante tradicional, principalmente de padroeiros, do ciclo junino e natalino. Com tamanha diferença indagamos sobre a valorização das festas pelas políticas públicas, entendidas como externalidades que podem ser indutoras/reforçadoras de identidades. Foi observado que as manifestações tradicionais enraizadas, embora mais numerosas e irradiadoras de ressignificações recebem poucos incentivos e apoios e, consequentemente, são menos valorizadas e pouco visíveis. As festas de massa, ao contrário, são realizadas com amplo arranjo socioeconômico e apoios de governos, esgarçando, muitas das vezes, as representações de origem. É a dinâmica plural da cultura em permanente diálogo com as externalidades, nem sempre consensual entre as teias de poder que consolidam as identidades dos grupos promotores. Nesse movimento pulsa a identidade sergipana, a sergipanidade